segunda-feira, 23 de julho de 2012

Zumbis junkies apavoram a gringaiada



Os zumbis estão na moda: filmes, livros e séries como a americana ‘The Walking Dead’ têm vendido como nunca, explorando histórias sobre a proliferação de uma raça fictícia de mortos que levantam das tumbas e comem os vivos. Mas ninguém acha graça, quando o comportamento dos personagens é reproduzido na vida, o que tem acontecido com frequência crescente nos Estados Unidos. Segundo a políca, por causa de uma nova droga.

Relatos de vários ataques estão sendo relacionados com o uso de uma droga conhecida pelo nome de “sais de banho’, que contêm derivados de um estimulante cerebral. Os efeitos físicos são descritos como um mix de cocaína e anfetamina. A substância ainda pode ser comprada em parte do território americano legalmente.

Em junho, um homem sem teto, Brandon De Leon, ameaçou comer dois policiais em Miami, antes de ser contido. No Estado do Louisiana, Carl Jacquneaux, 43 anos, mordeu e arrancou parte do rosto da vítima antes de ser preso. Em ambos os casos, há suspeita de que agressores tenham usado a droga.

O caso mais famoso não chegou, porém, a ser confirmado como uso da substância: o mendigo Randy Eugene, 31 anos. Ele comeu aproximadamente 75% do rosto de outro morador de rua antes de ser baleado pela polícia.

O exame toxicológico não confirmou o uso do estimulante, mas Armando Aguilar, presidente de uma associação policial de Miami, afirmou que os incidentes de violência irracional estão aumentando, por causa dos “sais de banho”.

Ele diz que as pessoas estão mais violentas, ficam mais fortes e queimando por dentro. “Num incidente, um homem foi atropelado por um táxi, tirou as roupas e bateu nos ocupantes do veículo. Foram necessários 15 policiais para imobilizá-lo”, diz

Uma das substâncias já foi proibida

O uso dos “sais de banho” diagnosticado oficialmente por autoridades americanas passou de 300 em 2010 para mais de seis mil ano passado. A sequência de ataques relacionados com a droga também conhecidos como ‘cloud nine, chamou a atenção de políticos americanos e de países vizinhos. Um dos componentes da droga, MDPV, já foi, inclusive, proibido no Canadá.

O Departamento de Drogas da Polícia dos Estados Unidos (DEA) alerta que a substância pode produzir “agitação, insônia, irritação, enjoo, depressão, paranoia, delírios, pensamentos suicidas, apoplexias e pânico”.

Canibalismo ainda não aparece na lista da agência, mas a polícia de Miami, que tem relatado vários casos, orientou seus oficiais a terem cuidado ao abordar suspeitos de ter ingerido os “sais de banho”.

Outros casos de Ataque “Zumbi”

30/05/2012 – Ator é suspeito de matar homem, comer seus órgãos e enviar partes do corpo pelo correio
31/05/2012 – Um estudante de 21 anos confessou ter comido o coração e partes do cérebro do companheiro de quarto no estado de Maryland.
06/06/2012 – Carl Jacquneaux, de 43 anos atacou e mordeu um vizinho, arrancando um pedaço de seu rosto no estado de Louisiana.
25/06/2012 – Homem come rosto de mendigo antes de ser morto a tiros pela polícia em Miami nos EUA.
27/06/2012 – Mulher é morta por policias após tentar matar filho de 3 anos e ameaçar morder vizinha nos EUA.
01/07/2012 – Homem ataca mulher na China e mastiga seu rosto.
04/07/2012 – Homem nu invade campo de golfe e ameaça comer rosto de policiais

Para quem não conhece a beleza...

SINGAPORE SLING (1990)

QUANDO O PORNÔ SE TORNA UM MONSTRO

O REINO NOJENTO DE LUCIFER VALENTINE

MUITA PUNHETA E POUCO SANGUE...

OS 7 FILMES MAIS DOENTIOS JÁ REALIZADOS

A FINA ARTE DA BLASFÊMIA

BAD BIOLOGY: O RETORNO DE HENENLOTTER

AS TRÊS FACES DA DECADÊNCIA

CANNIBAL GIRLS: HIPPIES VS. GOSTOSAS

O PORNOHORROR DE CLAUDIO CUNHA

SEDUZIDAS PELO DEMÔNIO: SATANISMO E PUTARIA

PORN SHOOT MASSACRE: SILICONES EM FÚRIA

VAMPA: UM VAMPIRO 100% BRASILEIRO

OS ÚLTIMOS DIAS DE SCHRAMM

OS LÁBIOS DE SANGUE DE JEAN ROLLIN

BRUCE LABRUCE E O ATAQUE DOS ZUMBIS-ALIENS-GAYS

SEGUINDO OS PASSOS DO ANDARILHO

GUARUJÁ, VODU E PICARETAS

ANDY WARHOL'S: FLESH FOR FRANKENSTEIN

CANNIBAL! THE MUSICAL

VISITOR Q: A PEDRADA QUE SALVA

L. QUIGLEY: DANÇANDO COM A MORTE

L. Quigley: Dançando com a Morte

  Publicado originalmente na coluna Eddy is Dead do site Gore Boulevard

Ser "espirrado" do Facebook me magoou um pouco. Sentirei falta dos grupos pornôs que participava, mas a vida continua e ter perdido o meu perfil não foi uma coisa tão ruim. Ao invés de me descabelar resolvi dar um sôpro de vida aos meus velhos VHS's e numa noite destas resolvi assistir um dos clássicos da minha juventude que até hoje me cativa:  A Volta dos Mortos-Vivos" (Return of the Living Dead - 1985). 

Todos os pseudo-cinéfilos podem gritar aos quatro cantos que o filme promoveu o gênero na Nova Era e que sua criação estabeleceu o cinema de horror e...blá...blá...blá..., mas duvido que pelo menos a parte masculina dos fãs desta obra-prima de Dan O'Bannon oferece esta desculpa intelectual pra ficar babando no striptease que a punkinha faz encima dos túmulos afinal, quem não adora ver um par de peitos e um bumbumzinho gracioso balançando ao som do bom e velho rock and roll? Bem, estes peitinhos tem um nome: Linnea Quigley.


Linnea Quigley ficou mundialmente conhecida pelos fãs dos filmes trash por interpretar o papel da personagem  ”Trash”, a punk que dançava peladona em um cemitério no divertidíssimo “A Volta dos Mortos Vivos” de 1985. Ela também estrelou dezenas de outros filmes de terror, incluindo “Savage Streets” (onde co-estrelou com a encapetada Linda Blair), “Silent Night, Deadly Night”, “Nightmare Sisters”, “Creepozoids”, “Sorority Babes in the Slimeball Bowl-O-Rama”, “Hollywood Chainsaw Hookers” (outro dos meus preferidos!), “Night of the Demons” (o original de 1988 e seu remake de 2009), e “A Nightmare on Elm Street 4: The Dream Master”. Linnea Quigley ainda escreveu dois livros sobre sua carreira como atriz de filmes B, “Chainsaw” e “I’m Screaming as Fast as I Can” e chegou a receber o tíluto de “Rainha dos Filmes B”.


Linnea Quigley nasceu em Davenport, Iowa ela se mudou para Los Angeles no final de 1970 para perseguir seus sonhos de atuar e rapidamente se estabeleceu no cenário de filmes independentes, aparecendo em quase uma centena de filmes. Também nos anos 80, Linnea aproveitou sua carreira em alta no gênero e lançou um histórico vídeo de ginástica aeróbica bastante peculiar, “Linnea Quigley’s Horror Work Out”. Nele, os pesos e instrumentos de musculação davam espaço à serras-elétricas e todo o tipo de maluquice. “Linnea Quigley’s Horror Work Out” virou um cult e é idolatrado até hoje!

Recentemente, Linnea co-estrelou um filme com Daniel Baldwin em “Stripperland” (2010). Em 2012, ela interpreta a personagem Clara no filme de David DeCoteau “1313: Cougar Cult”,  com Brinke Stevens e Michelle Bauer.


Como o tempo é um velho bastardo a velha Linnea já não me cativa como antes. Ao assistir o documentário "More Brains: A Return to the Living Dead" tive o (des)prazer de rever a minha musa e qual não foi a minha surpresa em descobrir que hoje sinto mais tesão pelo Tarman do que pela "tiazona" Quigley e depois deste desabafo encerro mais esta participação no Gore Boulevard para repensar sobre a criação de um futuro perfil ou sobre quais das minhas outras musas a minha mofada coleção de VHS's vai destruir hoje...

Visitor Q: A pedrada que salva!


  Publicado originalmente na coluna Eddy is Dead do site Gore Boulevard
Depois de ter sido expulso por má conduta pela equipe daquele judeu maldito do Facebook resolvi me manifestar sobre o modo de vida dos falsos moralistas que infectam o mundo com suas mentiras e máscaras de bem estar escrevendo uma coluna sobre como a sociedade é semelhante à um chiqueiro e nada melhor que escrever sobre o pai do desconforto cinematográfico, Takashi Miike, e sua obra-prima "Visitor Q". Produzido em 2001, esta loucura japonesa que leva a assinatura de Miike (Ichi the Killer, Audition) foi parcialmente inspirado em "Teorema" de Pier Paolo Pasolini. "Visitor Q" (Bijitâ Q, no original) retrata, de forma bizarra, a crise de uma família burguesa no Japão e como a própria mascara suas feridas sociais com status elevados e boas vestimentas. 
Kiyoshi Yamazaki (Kenichi Endo) é um jornalista que busca realizar uma reportagem sobre o crescimento da violência e do sexo no Japão. Para "aquecer" a matéria ele toma uma atitude um tanto extrema: começa realizando relações sexuais com sua própria  filha, que é prostituta, e filmando seu filho sendo humilhado e agredido por colegas de escola  em sessões intermináveis de bulling escolar. Para completar este quadro de "família feliz" seu filho desconta sua frustração espancando a mãe, que é viciada em heroína e que se prostitui para manter o vício, que é "escondido" da família. 
A trama ultrapassa o limite do bizarro com a chegada de um estranho visitante, o "visitante Q", que após alvejar a cabeça de Kiyoshi com uma pedrada o leva para casa enquanto acompanha os comportamentos bizarros e provoca mudanças no seio da família Yamazaki. Conhecido por seu também bizarro "Audition" (1999), Miike nos apresenta uma violenta parábola sobre a convivência cultural no Japão pós-moderno e através da bizarrice desenfreada que o diretor expõe sem nehuma maquiagem moral toda a crise da sociedade japonesa do século XXI tendo em foco a desagregação íntima da familia burguesa tradicional. 
O que torna os filmes de Takashi Miike tão assustadores não são os mortos , mas sim os vivos com seus dramas bizarros e perversões sexuais. Em "Visitor Q" você pode esperar de tudo: incesto, necrofilia, drogas, sexo grupal e uma cena espetacular onde a matriarca dos Yamazaki praticamente inunda um cômodo da casa esguichando leite materno como se fosse um chafariz. (como uma mulher com peitos tão pequenos pode produzir tanto leite? Preciso fazer uma viagem ao Japão urgentemente!!!)
A critica cultural em "Visitor Q" é tão explicita quanto as perversões sexuais que ele expõe. Logo na cena de abertura em que Kyoshi começa a fazer sexo com sua filha, ela pergunta: "O que você sabe dos adolescentes de hoje em dia? ". E ele responde incisivamente: "Eles se dizem o futuro do Japão. Um futuro sem esperanças!" 
Se no "Teorema" de Pasolini regredir ao estado primal era como sentir-se nu e desesperado no deserto, para Miike a regressão talvez seja recolocar seus personagens em um estágio tão primal quanto animalesco, e que talvez seja a única chance de redenção para este seu circo familiar. Com o estigma da violência e da degradação o "visitante Q" estabiliza a normalidade familiar exatamente como os médicos presenteiam a vida aos recém-nascidos com um tapaço no rabo! Pai e filhos sugam nos seios de uma mãe curada de cicatrizes e vícios que a sociedade lhes impunham enquanto todas as feridas (físicas e psicológicas) desaparecem por completo. A união familiar prevalece como se voltasse ao estágio fetal, onde a repressão social lhes era desconhecida e a única ordem a ser obedecida era a de viver bem entre os seus.
Ficha técnica
 
Título: Visitor Q (
Bijitâ Q, no original)
País: Japão.
Ano: 2001.
Direção: Takashi Miike.
Elenco: Kenichi Endo, Shungiku Uchida, Kazushi Watanabe, Shôko Nakahara,Fujiko, Jun Mutô.

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