domingo, 25 de novembro de 2012

Deadly Weapons também ganha a sua versão real


Ao que parece os filmes estão tomando conta da realidade. Depois de sermos presenteados com uma versão real do clássico "Nekromantik" (Jörg Buttgereit, 1987) uma adorável mocinha resolveu trazer à realidade outro clássico do cinema transgressor "Deadly Weapons" (1974), dirigido por Doris Wishmane e estrelado pela peitudíssima Chesty Morgan. Não entendeu? Então leia a matéria abaixo:

Um alemão de 34 anos entrou com um processo contra a ex-namorada em Unna, na Alemanha, no qual acusa a ex de tentar sufocá-lo com seus "seios enormes" após o ato sexual, segundo reportagem do jornal "Bild".

Tim contou que, depois que eles fizeram sexo, a ex-namorada identificada como Franziska sentou sobre seu abdômen. "Eu beijei seus seios enormes. Mas, de repente, ela apertou minha cabeça com toda força. Eu não conseguia respirar, estava me sufocando", disse ele.

Com o que lhe restava de força, o rapaz diz que conseguiu fugir do abraço de urso da mulher-aranha e correu para a casa do vizinho, de onde chamou a polícia. 

O pobre coitado diz que perguntou à sua (agora) ex o porquê de ela tentar matá-lo e a resposta dela teria sido: "para tornar sua morte mais confortável, querido!". Segundo ele, a moça sofre de problemas mentais. O ataque aconteceu em maio deste ano, mas a história surgiu agora, que vieram à tona detalhes do processo que a vítima move contra a moça.

A ex-namorada terá de responder na Justiça por (é sério) ataque armado.

Nekromantik: Amor além da morte


Em imagens divulgadas pela polícia, a mulher de 37 anos - cujo nome não foi revelado - aparece lambendo e abraçando um crânio humano. Segundo as autoridades, as imagens foram feitas no apartamento da mulher, em Gotenburgo. No local, os policiais acharam ao menos seis crânios, uma espinha e vários outros ossos sortidos, escondidos em um compartimento secreto onde também havia uma broca, sacos mortuários e fotos de um necrotério.

A mulher foi presa em setembro, segundo o tabloide britânico The Sun, e a Justiça de lá julgará o caso dela na semana que vem. Se confirmada a acusação de necrofilia, a mulher pode pegar até dois anos de cadeia por "perturbar a paz dos mortos". A ré afirma que comprou os ossos pela internet, mas nega ter feito algo de errado com eles.


domingo, 11 de novembro de 2012

The Curious Dr. Humpp (aka La Venganza del Sexo, 1969)


"The Curious Dr. Humpp" (aka La Venganza del Sexo, 1969) certamente é um dos filmes mais doentes que eu já vi e é uma excelente mostra de quão fundo cavaram os cineastas exploitation na década de 70 para nos apresentar nudez gratuita com premissas de horror desagradável. A história é uma loucura total, mas é realmente super divertido ver como esse filme explode em absurdos. Para se ter uma idéia do que vos aguarda a trama conta a história de um médico, o Doutor Humpp (Aldo Barbero), que seqüestra pessoas, em especial casais que estão transando e os leva para sua mansão, onde serão mantidos como prisioneiros. No processo ele injeta uma espécie de viagra experimental para "melhorar" as habilidades sexuais dos prisioneiros e os faz terem relações sexuais enquanto drena uma substância (que é apresentado como a versão líquida da libido humana) a partir deles. Mas o Dr. Humpp não é um tarado qualquer. Ele precisa desta substância para manter sua forma humana e não ser transformado em um monstro apavorante.
No caminhão de bizarrices deste filme argentino a seleção é a mais seletiva possível. O Doutor tem um exército de capangas terrivelmente deformados (vítimas de experiências médicas que deram errado) e uma enfermeira ninfomaníaca (Susana Beltrán) que implora constantemente  para que ele a estupre. Se tudo isso ainda não é estranho o suficiente para você, que tal adicionar um cérebro falante em um frasco que dita todas as regras do jogo e que sonha com uma possível dominação mundial!
Toneladas de nudez e violência trash é tudo o que tem Emilio (Vieyra) e Jerald (Intrator) tem para oferecer nesta tosqueira sexploitation, mas uma coisa eu assino embaixo; a diversão é relamente garantida. Além das corpulentas garotas que desfilam suas carnes à torte e direito, a maquiagem do monstro até que é jeitosinha para a época (me fez lembrar bastante o monstro borrachudo do filme El Barón del Terror, 1962) e a orientação musical com jazz de fundo que costuma aparecer no decorrer do filme também não fez (muito) feio.
Então, crianças. Se vocês curtem chafurdar no bizarro, confiram este filme e boa punheta...

Título: The Curious Dr. Humpp (aka La Venganza del Sexo)
País: Argentina
Ano: 1968
Duração: 87 min.
Direção: Emilio Vieyra e Jerald Intrator
Roteiro: Emilio Vieyra
Elenco: Ricardo Bauleo, Gloria Prat, Susana Beltrán e Aldo Barbero

Bay of Blood



Uma milionária, proprietária de uma idílica baía, é assassinada pelo seu marido, que quer se apossar da sua fortuna. Mas o criminoso é morto logo de seguida por um vulto não identificado. Quando os familiares da senhora morta, e outras pessoas se desentendem por causa da herança deixada, inicia-se um massacre sangrento. E tudo se complica quando um grupo de jovens resolve acampar nas redondezas.
Esta é uma das melhores obras de horror do mestre Mario Bava. Tido como um dos filmes mais sarcásticos de toda história do cinema, "Bay of Blood" brinca com o espectador num jogo insano até estabilizar um nível de empatia entre as vítimas e o espectador para finalmente se mostrar como uma magnífica extensão do poder magnético do diretor sobre o seu filme e seu público.

Se este não for o filme mais violento de todos os tempos, pelo menos ganha na quantidade de corpos; nada menos que uma dúzia de assassinatos por diversos meios e muitas vezes das maneiras mais inusitadas: facadas, decapitação, empalamento, (cerca de dois de cada vez...ROOOOOXXXX), asfixia, tiros e por aí vai. Embora isso possa soar como um slasher comum, “Bay of Blood” é um excelente exemplo do gênero, principalmente devido ao estilo visual empreendido por Bava. Sua câmera é muitas vezes infiltrada rondando a cena, e ás vezes na primeira pessoa e na terceira, alternando nas tomadas numa técnica pioneira muito utilizada por Orson Welles. Neste filme em particular há um ligeiro excesso de zoom  e provavelmente porque teve que cumprir um rígido cronograma, porém muitos de seus zooms são absolutamente lindos e bem encaixados. Ele também usa um rack de foco para criar uma emoção nas mesmas tomadas, como quando a velha olha pela janela. Vemos seu rosto em foco, então a câmera parte para as gotas de chuva na janela. Isto combinado com a música cria um clima muito profundo da melancolia da personagem. Outra coisa que admiro bastante no cinema de Mario Bava é o seu controle de emoção-ritmo-humor; mudando de momentos deternura para o terror, ao ódio, da confiança ao engano, e muitas vezes em um rápido piscar de olhos. etc.
Experiências ousadas como esta sempre foram mal vistas pelos críticos, mas tiveram seus louros da Glória nas mãos de estilistas como Mornau, Polanski, Freda, Romero, Argento, Franco e, claro, Mario Bava e seu filho, Lamberto, e um punhado de outros diretores menos prolíficos. "Bay of Blood" é um bom exemplo do gênero slasher nas mãos de um mestre. Este é um dos meus filmes favoritos do velho Bava. Como sempre, ele faz o máximo de seus recursos limitados, mas este filme não se encaixa totalmente de acordo com a ideologia ou extensão de, digamos, "Black Sunday", "Kill, Baby, Kill," ou "Beyond the Door Pt.2". No entanto, se o fizesse, então seria um dos maiores filmes de horror de todos os tempos e para finalizar, uma coisa que poucos sabem é que este é o filme que inspirou a franquia "Sexta-Feira 13" e sem dúvida muitos outros slashers de sua espécie.
Título original: Reazione a Catena
Ano: 1971
Direção: Mario Bava              
Roteiro: Franco Barberi, Mario Bava, Filippo Ottoni, Dardano Sacchetti, Giuseppe Zaccariello
Produção: Giuseppe Zaccariello

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