segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Amor Estranho Amor


Necrofilia (do grego νεκρός [nekrós], "morto", "cadáver", e φιλία [filía], "amor") é uma parafilia caracterizada pela excitação sexual decorrente da visão ou do contato com um cadáver. O fenômeno da necrofilia é conhecido desde os mais remotos tempos da história humana, podendo ainda hoje ser observado como costume comum (às vezes até sacralizado) em certas tribos africanas e asiáticas, bem como em manifestações esporádicas no Ocidente.


Também é citado nas prosas e poesias românticas do século XIX como nas obras de Álvares de Azevedo.

RELATO DE UM NECRÓFILO

"Nasci em uma cidade do interior do Paraná, filho de católicos, além de não ser nada bonito, por isso não conseguia arrumar namorada. Desde a infância era apaixonado pela irmã de um amigo meu, Mas ela nunca olhou para mim.


Aos 17 anos algo terrível aconteceu, o amor de minha vida morreu ao cair da cela de uma mula xucra. Lembro que em seu velório chorei muito, ela tinha apenas 18 anos e olhava para Luciana em seu caixão, ela estava tão serena, sentia como se ela me chamasse.


O velório passou e Luciana foi enterrada. Durante a noite não conseguia dormir, a face angelical de Luciana pairava em minha mente. Às 2 horas da madrugada levantei da cama, peguei a pá e fui para o cemitério onde Luciana estava descansando.e comecei a cavar ,em menos de meia hora já tinha retirado minha amada do seu caixão.


Luciana estava usando um vestido branco, parecia uma noiva. Abri seus olhos, contemplei seu rosto, parecia que ela me chamava, então senti seus lábios gelados tocando os meus. Naquele dia tive minha primeira noite de amor."

Dicionário de Filmes Brasileiros – Curta e Média Metragem

Se você realmente ama o cinema alternativo não deve deixar de adquirir o livro “Dicionário de Filmes Brasileiros – Curta e Média Metragem – Segunda Edição Revista e Atualizada” (2011, 1.275 páginas, editora do IBAC – Instituto Brasileiro de Arte e Cultura), escrito, pesquisado e organizado por Antônio Leão da Silva Neto, que é uma inesgotável fonte de pesquisa para qualquer históriador, pesquisador ou cinéfilo com interesse pelo cinema brasileiro. São 21.686 curtas e médias catalogados por Leão, com informações como ficha-técnica das produções, elenco, bitola, ano de produção, sinopse, festivais e mostras onde foram exibidos e comentários com curiosidades sobre as produções. No final do livro Leão incrementou com algumas estatísticas interessantes: de 2005 em diante, por conta das facilidades em se conseguir equipamentos digitais de alta qualidade por um baixo preço, a produção de filmes brasileiros praticamente dobrou.

Em 2005 foram produzidos 1.014 curtas/média (os longas não estão incluídos nesta conta), e nos anos seguintes essa produção se manteve numa média de mais de 900 filmes (curtas/médias) por ano, número comparável aos anos de 1979 (com 927 curtas/médias) e 1980 (com 608 produções), quando produtores usavam uma lei que obrigava os exibidores de filmes a colocar um curta antes dos longas estrangeiros exibidos no Brasil. Outro fato interessante é que entre os anos de 2000 e 2010, foram produzidos 6.597 curtas/médias, tornando este início do século XXI o mais produtivo da história do cinema brasileiro.

E o melhor de tudo é que essa maravilhosa fonte de pesquisa não é vendida, para adquirí-la você deve enviar e-mail para o IBAC solicitando o livro (será cobrado apenas as despesas postais). Para adquirir esta maravilha escreva para o email da IBAC dicionariodefilmes@ibacbr.com.br e peça o livro o quanto antes, pois é certeza que vai esgotar rápido.

FONTE: Canibuk

Seguindo os passos do Andarilho


Aproveitando esta moda de fim de mundo, Armagedon e 2012 resolvi postar sobre uma tranqueira dos anos 80 super estimada por mim intitulada "O Andarilho" (El Caminante)...

A trama é a seguinte:

O Diabo decide vir para a Terra encarnado em forma humana. Em troca da permissão de existir na forma humana, o Diabo deve também aceitar a mortalidade que se passa com um ser humano. É claro, o trade-off é que para o Diabo será permitido tentar todos aqueles que cruzarem seu caminho. Seu método de tentação? Castigar com todos os respectivos "7 Pecados Capitais" os mortais infelizes o suficiente para encontrar-se com ele.

Superficialmente, "EL Caminante" pode ser considerado uma comédia de humor negro como muito foi feito na tradição de Tom Jones, mas com uma dose maior de humor perverso, um jogo de moralidade contra um cenário de fornicação excessiva e gula. No entanto, ao mesmo tempo, é um malvado rondó de deboche, de assassinato à sangue frio, roubo e ganância desenfreada. Mas, acima de tudo, é o retrato verbal e visual de um artista sobre a decadência moral e ética minando por séculos os alicerces da humanidade. Em qualquer nível que você escolheu aceitar este filme, você vai encontrar situações que podem fazer você rir, chorar ou até mesmo gritar em indignação e, se você olhar profundamente o suficiente dentro de si, pode até vislumbrar alguns traços perturbadoramente reconhecíveis de seu caráter.

Produzido pela Horus Filmes SA em 1979 e lançado em abril de 1980, "EL Caminante" foi escrito, dirigido e interpretado por Jacinto Molina (popularmente conhecido por Paul Naschy) e é uma medida razoavelmente precisa da própria paixão do homem impulsionado pelos desejos e pela exuberância da vida, bem como a sua desilusão com a mesma e, francamente, sua opinião não muito otimista da humanidade em geral naquele período de tempo.

Mas tirando toda a babosidade cult que este filme carrega consigo não consigo excluir o fato de como deve ser engraçado ver Paul Naschy bancando o capeta e mandando ver na mulherada dos tempos idos. Quem discordar que atire a primeira pedra, mas não se esqueça de que o Andarilho está a observar os seus pecados, heim?

Título: El Caminante
País: Espanha
Ano: 1980
Idioma: espanhol
Direção: Paul Naschy (Jacinto Molina)
Roteiro: Paul Naschy (Jacinto Molina) e Eduardo Targioni
Trilha Sonora: Ángel Arteaga
Filmado por: Alejandro Ulloa


Texto publicado originalmente no site Gore Boulevard

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