
"Um
estupro brutal leva a uma série de bizarros assassinatos sangrentos
durante uma competição em um boliche popular. Um por um, os jogadores
das duas equipes sofrem mortes horríveis nas mãos de um assassino
mascarado. O sangue e a violência vai correr até o nascer do sol.”
Com esta “magnífica”
apresentação, Ryan Nicholson apresenta sua produção debutante intitulada
Gutterballs. Para os dementes mais desinformados o Sr. Nicholson é o
responsável por pérolas melequentas como “Hanger” (2009) e “Star
Vehicle” (2010). Eu ainda não assisti “Star Vehicle”, mas “Hanger” é a
minha tosqueira favorita deste gordo canadense e suas bizarrices
sexuais.
A trama de “Gutterbals” é a
seguinte: três grupos de jogadores estão em uma pista de boliche. Um
grupo consiste em "fodões do pedaço", o segundo é composto de periguetes
com um travesti (Jimmy Blais) entre elas e o
terceiro grupo é formado por “garotos estilosos do gueto”. De qualquer
forma são todos perdedores. Há uma rivalidade “amigável” acontecendo
entre Jamie (Nathan Witte) e Steve (Alastair Gamble), mas de repente uma confusão é armada e os três grupos começam uma briga. O dono do boliche (interpretado por Dan Ellis)
resolve parar a baderna com um rifle e oferece a todos uma chance de
resolverem suas diferenças de forma não violenta: deveriam voltar na
noite seguinte para disputarem uma partida na pista que decidiria qual
seria o melhor do boliche.

Depois de algumas “manifestações fraternais” entre si os jovens decidem rumar para suas casas, mas Lisa (interpretada pela deliciosa Candice Lewald que joga boliche com uma microsaia e SEM CALCINHA!!!)
descobre que esqueceu sua bolsa no boliche e retorna para buscá-la. No
interior da pista é encurralada pelo grupo de fodões liderado por Steve e
é estuprada por todos os membros da gangue e “finalizada” com um pino
de boliche útero adentro. Na noite seguinte os grupos retornam ao
boliche e misteriosamente são todos atacados por um assassino sem rosto
que se intitula BBK.
Isso seria comum num filme
slasher se tudo não fosse fodido por pequenos e “imperceptíveis”
detalhes técnicos. A garota Lisa foi praticamente empalada pela base de
um pino de boliche e aparece no dia seguinte como se estivesse espremido
uma espinha; não há nenhuma razão para a forma como as vítimas são
escolhidas. Eles existem apenas para serem mortos de formas explícitas e
não existe uma forma de desenvolver algum sentimento pelos personagens,
porque nós mal os conhecemos e eles simplesmente morrem. E uma vez que
muitos são mortos durante atos sexuais explícitos é quase certeza que o
diretor iniciou o projeto como um filme pornô que ficou sem verbas e que
acabou por se tornar um filme de terror para obter mais fluxo do caixa
para terminar o filme.
Os outros problemas são os diálogos. A palavra “fuck”
é usada com tanta freqüência que até parece um mantra, Chega a parecer
que um grupo de improviso decidiu levar uma câmera para uma pista de
boliche e fazer um filme caseiro. Se você curte assistir filmes sem
nenhum conteúdo, somente pela satisfação de ver corpos destroçados e
alguma nudez este é o seu filme!

Para ser justo, BBK é um
assassino até que legal. A máscara improvisada com uma bolsa de bolas de
boliche parece meio idiota no começo, mas foi uma idéia bastante
original e a maneira como ele mata as vítimas tem um toque todo
especial: cada vez que BBK mata alguém no filme, aparece uma pontuação
no placar na forma de uma caveira com ossos cruzados. Engraçado e
original.
As mortes são, no mínimo,
interessantes. O primeiro casal que morre, por exemplo, são asfixiados
pelos seus próprios genitais no meio de um "69". O travesti Sam é morto
em um banheiro e em seguida tem seu pênis mutilado post-mortem e
transformado numa xoxotinha improvisada. Outra morte que achei
extremamente divertida e original foi a da “Lustradora de Bolas Boca-Suja”. Ficou curioso? Assista ao filme, hehehehehehehe...
No restante todas as mortes
incluem instrumentos de tortura criados a partir de pinos e bolas de
boliche. Estacas, nunchakus, aríetes e outras adaptações dementes demais
para citar sem foder (mais!) com o filme.
Em suma, “Gutterballs” é um
filme que vale apenas para passar o tempo, ver uma putariazinha básica e
umas mortes bem fiéis ao estilo gore. Não espere um final esclarecedor
ou original. Assim como fez em “Hanger”, Ryan Nicholson só quer
perturbar seu juízo e depois rir da sua cara.

Título: Gutterballs
Ano: 2008
País: Canadá/USA
Direção: Ryan Nicholson
Produção: Dan Walton, Roy Nicholson, Michelle Grady e Ryan Nicholson
Roteiro: Ryan Nicholson
Elenco:
Dan Ellis
Nathan Witte
Mihola Terzic
Alastair Gamble
Candice Lewald
Nathan Witte
Mihola Terzic
Alastair Gamble
Candice Lewald